O cancelamento de “Newt” gerou uma enorme frustração e perplexidade no público, especialmente devido às belíssimas artes conceituais do longa-metragem, o qual contaria a história de um casal de salamandras forçado a se reproduzir, a fim de evitar a extinção de sua espécie.
Ed Catmull, presidente do Pixar Animation Studios e um de seus fundadores, explicou em um artigo promocional de seu novo livro “Creativity Inc.” as reais razões para a suspensão da produção, ocorrida em 2010.
Com direção de Gary Rydstrom (“Quase Abduzido”, “Férias no Havaí”), a animação estava péssima em seu desenvolvimento inicial e não funcionava perfeitamente. Catmull citou “Ratatouille” e “UP: Altas Aventuras” e como suas premissas – um rato que cozinha e um idoso rabugento voando em uma casa – eram difíceis de ser vendidas, porém, com trabalho árduo se tornaram grandes sucessos.
“Em algum momento, seja em qualquer tipo de filme, a sua ideia original não será boa,” explica. “Essa é a razão de eu dizer que, em algum ponto, todos os nossos filmes são péssimos.”
Ao contrário de “Toy Story 2” e “Ratatouille”, em que ambos foram totalmente reiniciados com novos diretores – John Lasseter e Brad Bird, respectivamente –, “Newt” continuou a não funcionar.
Pete Docter, diretor de “Monstros S.A.” e “UP: Altas Aventuras”, assumiu o comando no estágio terminal do projeto, e comentou: “Eu farei, mas tenho uma outra ideia, que penso ser melhor.” O conceito de Docter se tornou a base para “Inside Out”, que chega aos cinemas em meados de 2015.
O braintrust do estúdio concordou que a premissa sobre a mente humana era mais original, e então, optou por não prosseguir com o desenvolvimento de “Newt”, cuja trama também apresentava similaridades com “Rio”, do Blue Sky Studios, motivo este que serviu para justificar o cancelamento, à época.
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